ENGESV - ENGENHARIA SUSTENTÁVEL

ENGESV - ENGENHARIA SUSTENTÁVEL
ENERGIA LIMPA

sábado, 10 de dezembro de 2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

COMBUSTÃO DE SÓLIDO, LÍQUIDO E GÁS

Do ponto de vista energético, para fim de outorga de empreendimentos do setor elétrico, biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizada na produção de energia. Assim como a energia hidráulica e outras fontes renováveis, a biomassa é uma forma indireta de energia solar. A energia solar é convertida em energia química, através da fotossíntese, base dos processos biológicos de todos os seres vivos. 

Embora grande parte do planeta esteja desprovida de florestas, a quantidade de biomassa existente na terra é da ordem de dois trilhões de toneladas; o que significa cerca de 400 toneladas per capita. Em termos energéticos, isso corresponde a mais ou menos 3.000 EJ (Exajoule: 1 EJ = 10 18) por ano ou seja, oito vezes o consumo mundial de energia primária (da ordem de 400 EJ por ano) (RAMAGE; SCURLOCK, 1996). 

Uma das principais vantagens da biomassa é que, embora de eficiência reduzida, seu aproveitamento pode ser feito diretamente, por intermédio da combustão em fornos, caldeiras etc. Para aumentar a eficiência do processo e reduzir impactos socioambientais, tem-se desenvolvido e aperfeiçoado tecnologias de conversão mais eficientes, como a gaseificação e a pirólise. 

A médio e longo prazo, a exaustão de fontes não-renováveis e as pressões ambientalistas poderão acarretar maior aproveitamento energético da biomassa. Atualmente, a biomassa vem sendo cada vez mais utilizada na geração de eletricidade, principalmente em sistemas de co-geração e no suprimento de eletricidade para demandas isoladas da rede elétrica.
O mercado da bioenergia está crescendo rápido em todo o mundo. Bioenergia é a energia gerada a partir de material vegetal (biomassa) como biomassa arborícola, sobra de madeira da indústria (serragem, por exemplo), vegetais e frutas, resíduos agrícolas, como o bagaço da cana e certos tipos de esgotos industriais e residenciais.
A energia advinda da biomassa é considerada durável a partir do momento em que se pode através do manejo correto garantir seu ciclo, por exemplo, garantindo o reflorestamento ou replantio. E é renovável no sentido de que toda a energia obtida da biomassa veio de processos biológicos que aproveitaram a energia solar, essa energia se não aproveitada pelos humanos acaba retornando ao ambiente através da digestão e da putrefação das plantas.

A Biomassa pode ser transformada em energia através de combustão, gaseificação, fermentação, ou produção de substâncias líquidas. Neste trabalho será detalhado o processo de transformação em energia através da técnica da combustão. Sendo ressaltado os conceitos, processos de combustão em sólidos, líquidos e gás, ressaltando a importância e viabilidade ambiental e sócio-econômica deste processo, apresentando em seqüência aplicações práticas; visando abordar todo o processo de obtenção de energia através do processo de combustão e seu emprego diário.

Combustão ou queima é uma reação química exotérmica entre uma substância (o combustível) e uma gás ( o comburente), geralmente o oxigênio, para liberar calor. Em uma combustão completa, um combustível reage com um comburente, e como resultado se obtém compostos resultantes da união de ambos, além de energia, sendo que alguns desses compostos são os principais agentes causadores do efeito estudo.
De uma forma geral:

CxHy + (x+y/4)O2 → xCO2 + (y/2)H2O
Elementos que compõem a combustão:

• Combustível
• Comburente (oxigênio)
• Calor
• Reação em cadeia
Esse quarto elemento, também denominado transformação em cadeia, vai formar o quadrado ou tetraedro do fogo, substituindo o antigo triângulo do fogo.

A liberação ou consumo de energia durante uma reação é conhecida como variação da entalpia (ΔH), isto é, a quantidade de energia dos produtos da reação (Hp) menos a quantidade de energia dos reagentes da reação (Hr): ΔH = Hp - Hr

Quando ΔH > 0 isto significa que a energia do(s) produto(s) é maior que a energia do(s) reagentes(s) e a reação são endotérmicas, ou seja, absorve calor do meio ambiente. Quando ΔH < 0, isto significa que a energia do(s) reagente(s) é maior que a energia do(s) produto(s). E a reação é exotérmica, ou seja, libera calor para o meio ambiente, como no caso da combustão da gasolina, por exemplo.

A combustão completa de qualquer combustível orgânico (que possui átomos de carbono) leva a formação de gás carbônico ou também chamado de dióxido de carbono (CO2) e água (H2O). A respiração é um processo de combustão, de “queima de alimentos” que libera energia necessária para as atividades realizadas pelos organismos. É interessante notar que a reação inversa da respiração é a fotossíntese, que ocorre no cloroplasto das células vegetais, onde são necessários gás carbônico, água e energia (vinda da luz solar) para liberar oxigênio e produzir material orgânico (celulose) utilizado no crescimento do vegetal.
combustão/respiração

C6H12O6(s) + 6 O 2(g) ↔ 6 CO2(g) + 6 H2O (l) + energia fotossíntese

A gasolina possui muitas impurezas contendo enxofre (S), e o diesel, ainda mais. Hoje no Brasil existe um grande investimento por parte da Petrobrás para diminuir a concentração de enxofre no diesel e assim torná-lo menos poluente. Portanto, combustíveis que têm enxofre, ao serem queimados produzem grandes quantidades de um gás bastante tóxico e corrosivo, responsável por acidificar a atmosfera, o dióxido de enxofre (SO2). Já o álcool é um combustível que não apresenta enxofre e portanto não produz o dióxido de enxofre. S(s)+ O2(g ) → SO2(g)

A falta de oxigênio durante a combustão leva à chamada ‘combustão incompleta’ que produz monóxido de carbono (CO). Note que o CO tem um oxigênio a menos que o CO2, o que caracteriza a deficiência de oxigênio, ou a ineficiência da reação. Este gás é muito tóxico para o ser humano, pois este dificulta a função da hemoglobina, que é responsável pela renovação do oxigênio no nosso sangue. Pequenas concentrações de monóxido de carbono já provocam tonturas e dores de cabeça. Outro produto indesejável da combustão incompleta é a fuligem (C), que não tem oxigênio na sua constituição. A porção mais fina da fuligem pode impregnar nos pulmões e causar problemas respiratórios.

As equações químicas abaixo ilustram a quantidade de calor (ΔH) liberada durante a combustão completa e incompleta do gás metano (CH4). Observado a quantidade de calor liberado sendo menor nos casos de combustão incompleta. Portanto, além da combustão incompleta gerar compostos nocivos à saúde humana, há também uma grande desvantagem econômica, pois com a mesma quantidade de combustível haverá menor quantidade de energia gerada.

Combustão completa do metano:

CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O (l) ΔH = - 802 kJ/mol (energia liberada)
Combustão incompleta do metano:
CH4(g) + 3/2 O2(g) → CO(g) + 2H2O(l) ΔH = - 520 kJ/mol
CH4(g) + O2(g) → C(s) + 2H2O(l) ΔH = - 408,5 kJ/mol

É muito importante saber a quantidade de calor liberada pelos combustíveis para que seja possível comparar o valor energético de cada um deles. Na Tabela 1 são mostradas as entalpias de combustão (ΔHo) para alguns combustíveis, isto é, a energia liberada na queima completa de um mol do combustível. O zero utilizado como índice superior indica que as condições iniciais dos reagentes e as finais dos produtos são 25o C e 1 atm, chamadas de condições padrão.

COMBUSTÍVEL FÓRM.MOLECULAR ΔH° (kJ/mol)

Carbono (carvão) C(s) - 393,5
Metano (gás natural) CH4 (g) - 802
Propano (componente do gás de cozinha) C3H8 (g) - 2.220
Butano (componente do gás de cozinha) C4H10 (g) - 2.878
Octano (componente da gasolina) C8H18 (l) - 5.471
Etino (acetileno, usado em maçarico) C2H2 (g) - 1.300
Etanol (álcool) C2H5OH (l) - 1.368
Hidrogênio H2 (g) - 286


Combustão completa

Em uma combustão completa, o reagente irá queimar no oxigênio, produzindo um número limitado de produtos. Quando um hidrocarboneto queima no oxigênio, a reação gerará apenas dióxido de carbono (CO2) e água. Quando elementos como carbono, nitrogênio, enxofre e ferro são queimados, o resultado será os óxidos mais comuns. Carbono irá gerar o dióxido de carbono. Nitrogênio irá gerar o dióxido de nitrogênio (NO2). Enxofre irá gerar dióxido de enxofre (SO2). Ferro irá gerar óxido de ferro III (FeO3). A combustão completa é normalmente impossível de atingir, a menos que a reação ocorra em situações cuidadosamente controladas, como, por exemplo, em um laboratório.

Combustão turbulenta

A combustão turbulenta é caracterizada por fluxos turbulentos. É a mais usada na indústria (ex: turbinas de gás, motores a diesel, etc.), pois a turbulência ajuda o combustível a se misturar com o comburente.

Combustão incompleta.

Na combustão incompleta não há o suprimento de oxigênio adequado para que ela ocorra de forma completa. O reagente irá queimar em oxigênio, mas poderá produzir inúmeros produtos. Quando um hidrocarboneto queima em oxigênio, a reação gerará dióxido de carbono, monóxido de carbono, água, e vários outros compostos como óxidos de nitrogênio. Também há liberação de átomos de carbono, sob a forma de fuligem. A combustão incompleta é muito mais comum que a completa e produz um grande número de subprodutos. No caso de queima de combustível em automóveis, esses subprodutos podem ser muito prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.


TIPOS DE COMBUSTÃO

São tipos de combustão:

• Lenta – quando se produz a uma temperatura suficientemente baixa, isto é, inferior a 500 °C, não havendo, regra geral, emissão de luz. A oxidação de um metal (ferro, cobre, zinco, etc.) em contacto com o ar úmido é um exemplo deste tipo de combustão. A combustão lenta é uma forma de queima que acontece a baixas temperaturas. A respiração celular e formação de ferrugem são exemplos de combustões lentas.

• Viva – é aquela em que se produz luz e, vulgarmente, designa-se por fogo. Neste caso, devido à mistura dos gases inflamados com o ar forma-se a chama. No caso dos sólidos, cuja combustão decorre à superfície, verifica-se a incandescência a partir da sua ignição e também através da formação de brasas. Estas surgem quando o combustível já não liberta gases suficientes para provocar chama. A combustão do carvão ilustra estes aspectos.

• Deflagração – combustão muito rápida cuja propagação se dá a uma velocidade inferior à do som no ar (340 m/s).

• Explosão – combustão resultado da mistura de gases ou partículas finamente divididas com o ar numa percentagem bem determinada – mistura explosiva ou detonante – propagando-se a uma velocidade superior a 340 m/s. Neste caso, a mistura tem de ocupar todo o espaço onde está contida e, no momento da explosão, provoca uma elevação de temperatura ou de pressão ou de ambas, simultaneamente, sobre todo o espaço confinante.

PROCESSOS DE COMBUSTÃO

Tendo por base o seu estado físico, resultante de uma combinação química exotérmica podem os materiais que liberam vapores inflamáveis chegando ao ponto de combustão como combustíveis, classificar-se em sólidos, líquidos e gasosos.

a- Combustíveis Líquidos

Também podem ser minerais ou não minerais. Os minerais são obtidos pela refinação do petróleo, destilação do xisto betuminoso ou hidrogenação do carvão. Os mais usados são a gasolina, o óleo diesel e o óleo combustível. Estes combustíveis são formados de hidrocarbonetos, sendo o óleo diesel C8H17 e a gasolina C8H18. Os combustíveis líquidos não minerais são os álcoois e os óleos vegetais. Entre os álcoois, temos o álcool metílico e o etílico, enquanto que os óleos vegetais são formados de C, H2, O2 e N2.

O combustível líquido tem certas vantagens comparação com os sólidos, tais com poder calorífico elevado, maior facilidade e economia de armazenagem e fácil controle de consumo. Quase todos os combustíveis líquidos são obtidos a partir do petróleo. O combustível líquido são: gasolina, querosene, óleo diesel e álcool.
A combustão de um combustível líquido em uma atmosfera oxidante acontece na verdade em forma gasosa. Isto quer dizer, quem queima é o vapor, não o líquido. Portanto, um líquido inflamável normalmente só irá pegar fogo acima de uma certa temperatura, que é seu ponto de fulgor. Abaixo dessa temperatura, o líquido não irá evaporar rápido o suficiente para sustentar o fogo caso a fonte de ignição seja removida.

b- Combustíveis Sólidos

São formados de C, H2, O2, S, H2O e cinzas, sendo combustíveis somente o C, O2, H2 e o S. Entre os combustíveis sólidos, temos os minerais como lenha, serragem, bagaço de cana, etc. Os combustíveis sólidos para serem usados devem estar sob forma de pó muito fino, ele é pulverizado com o ar durante a alimentação do cilindro. O grande problema que apresentam os combustíveis sólidos, é a inaceitável erosão provocada nos pistões, válvulas, cilindros, etc. Isto acontece porque os produtos da combustão contêm partes muito duras, que ao depositarem nestes órgãos, causam estes inconvenientes.

Os principais combustíveis sólidos naturais são a madeira e os produtos de sua decomposição natural, turfa e carvão. Para que um sólido possa Ter valor como combustível é necessário que tenha um poder calorífico tão elevado quanto possível e queime com facilidade, com ou sem chama.
O ato da combustão consiste em três fases relativamente distintas, mas que se sobrepõem:

• Fase de pré-aquecimento, quando o combustível não queimado é esquentado até o seu ponto de fulgor e depois para seu ponto de combustão. Gases inflamáveis começam a ser envolvidos em um processo similar à destilação seca.
• Fase de destilação ou fase gasosa, quando a mistura dos gases inflamáveis com oxigênio sofre ignição, energia é produzida em forma de calor e luz. Fogo normalmente é visível nesta fase.
• Fase de carvão ou fase sólida, quando a saída de gases inflamáveis é muito pouca para a presença persistente de chama, e o combustível carbonizado queima lentamente. Ele só fica incandescente e depois continua a arder sem chama. 

c- Combustíveis Gasosos

Além de terem um baixo custo, porque geralmente são gases obtidos como subprodutos, são combustíveis que formam com o ar uma mistura mais homogênea. Esta característica, contribui para uma melhor distribuição nos cilindros, aumentando o rendimento do motor. Aumenta também a facilidade da partida a frio do motor.

Os combustíveis gasosos, segundo o seu processo de fabricação podem ser: Gás natural - é encontrado em locais arenosos que contêm petróleo em várias profundidades do subsolo. Os principais gases naturais são: Metano CH4 • Etano C2H6 • Dióxido de carbono CO2 • Nitrogênio N2.
Apresentam certas vantagens em relação aos combustíveis sólidos, tais como: permitir a eliminação de fumaça e cinzas, melhor controle de temperatura e comprimento das chama. Os combustíveis gasosos são: gás natural, gás de iluminação, gás de água, gás de gasogênio, acetileno, propano e butano.
Os gases naturais obtidos através da refinaria de petróleo são:

• Propano
• Butano
. Gás do gasogênio - estes gases são obtidos através da combustão do carbono.
O emprego dos gases do gasogênio na automobilística, foi muito usado no tempo
da guerra, devido a inexistência de outros combustíveis. No passado não era muito utilizado, por apresentarem os seguintes inconvenientes:
• Alta percentagem de poluição
• Baixo poder calorífico
• Para serem produzidos, são necessários equipamentos de grande porte.
Atualmente esse conceito esta mudando devido aos novos estudos de obtenção do biogás, principalmente no meio agropecuário.

Gás do subproduto - pode ser obtido pelos seguintes processos:

• Processo destinado a produzir coque. A parte volátil do carbono é liberada com
o aquecimento dos hidrocarbonetos mais pesados, obtendo assim um gás em H2
e CH4
• Processo de produção de aço, onde se tem a formação essencialmente do CO e
N2.

 PROPRIEDADES

Temperatura: Assumindo condições de combustão perfeitas, como uma combustão adiabática (sem perda de calor) e completa, a temperatura da combustão pode ser determinada. A fórmula que leva a essa temperatura é baseada na primeira lei da termodinâmica e se aproveita do fato que o calor da combustão (calculado a partir do valor de aquecimento do combustível) é usado inteiramente para aquecer o combustível e o gás (ex: oxigênio ou ar).

No caso de combustíveis fósseis queimados no ar, a temperatura de combustão depende:

• do valor de aquecimento
• da proporção do ar em relação ao combustível ( λ )
• da capacidade térmica do combustível e do ar
• as temperaturas de entrada do ar e combustível
A temperatura de combustão adiabática aumenta para:
• valores de aquecimento mais altos
• temperaturas de entrada mais altas
• proporções entre o ar e o combustível tendendo para 1.
Normalmente, a temperatura de combustão adiabática para o carvão mineral é por volta de 1500°C (para temperaturas de entrada e temperaturas do ambiente e λ = 1.0), cerca de 2000°C para o óleo e 2200°C para o gás natural.

Volatibilidade: Pode ser definida como a porcentagem de um combustível a uma data temperatura, quando a pressão atuante for de uma atmosfera. Um combustível é tanto mais volátil quanto:
• menor for a pressão interna
• maior for a temperatura externa
• Para um bom funcionamento de um motor, a volabilidade de um combustível não deve ser nem muito elevada e nem muito baixa.

- Se for muito elevada:

1. haverá perdas no reservatório do carburador pelo tubo de equilíbrio
2. formarão bolhas de vapor no circuito de alimentação, principalmente durante o verão
3. formarão gelo no carburador durante o inverno, impedindo o funcionamento do motor

- Se for muito baixa teremos:

1. dificuldade na partida do motor
2. alimentação não uniforme nos cilindros
3. diminuição da aceleração
4. maior tempo para que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento
5. diluição do óleo lubrificante, porque os combustíveis menos voláteis não são capazes de serem queimados na combustão
6. maior formação de carvão nas câmaras de combustão e no céu do pistão

Poder Calorífico: Defina-se como a quantidade de energia interna contida no combustível, sendo que quanto mais alto for o poder calorífico, maior será energia contida. Um combustível é constituído, sobretudo de hidrogênio e carbono, tento o hidrogênio o poder calorífico de 28.700 Kcal/kg enquanto que o carbono é de 8.140 Kcal/kg, por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o combustível maior será o seu poder calorífico.

Há dois tipos de poder calorífico:
• poder calorífico superior
• poder calorífico inferior

Poder Calorífico Superior é a quantidade de calor produzido por 1 kg de combustível, quando este entra em combustão, em excesso de ar, e os gases da descarga são resfriados de modo que o vapor de água neles seja condensado.

Poder Calorífico Inferior é a quantidade de calor que pode produzir 1kg de combustível, quando este entra em combustão com excesso de ar e gases de descarga são resfriados até o ponto de ebulição da água, evitando assim que a água contida na combustão seja condensada. Como a temperatura dos gases de combustão é muito elevada nos motores endotérmicos, a água contida neles se encontra sempre no estado de vapor, portanto, o que deve ser considerado é o poder calorífico inferior e não o superior.

Fórmulas para determinar o poder calorífico inferior.

Para a gasolina: Para o benzol:
PCI = PCS - 780 Kcal/Kg PCI = PCS – 415

Para álcool etílico: Para o óleo diesel:
PCI = PCS - 700 PCI =PCS - 730

Para álcool metílico:
PCI = PCS – 675

PCI = PODER CALORIFICO INFERIOR
PCS = PODER CALORIFICO SUPERIOR

Poder Calorífico de alguns elementos:

SUBSTÂNCIA Kca/ m3 a 15,5 oC e 1 atm Kcal/Kg
PCS PCI PCS PCI
Hidrogênio 2.892 2.447 33.947 28.681
Monóxido de carbono 2.857 2.866 2.415 2.415
Metano 9.015 8.125 13.267 11.957
Etano 15.894 14.604 12.392 11.352
Propano 23.067 21.225 12.035 11.081
Butano 29.990 27.703 11.839 10.906
Carvão mineral 7.830 7.830

Calor Latente: A demora ou rapidez com o qual os corpos se fundem ou liquefazem, tem sua explicação no calor latente, que é a quantidade de calor absorvido pelos corpos na sua mudança de estado, sem que haja aumento aparentemente de temperatura. O calor latente necessário à fusão ou liquefação varia com sua natureza. Na passagem do estado líquido ao gasoso, o líquido não muda de temperatura enquanto dura sua transformação, e todo calor empregado é absorvido para produzir mudança de estado.

Peso Específico: É a relação entre o peso de uma substância e o de um volume igual de água destilada, a uma temperatura de 4ºC. É o peso de uma substância por unidade de volume, densidade. Comercialmente, é usado para diferenciar os diversos tipos de combustíveis e permite calcular ainda o volume, peso e consequentemente, a tonalidade térmica que é expressa em kilocalorias por litro de mistura (cal/L). Para o peso específico dos carburantes, os limites máximos geralmente admitidos são 0,705 a 0,770kg/dm3. O peso específico da gasolina oscila entre 0,840 e 0,890 kg/dm3.

Viscosidade: A viscosidade se explica pela força de coesão das moléculas do fluido. Ao se tentar deslocar uma camada de água sobre outra, por exemplo, é necessário vencer a força de resistência provocada pela atração entre as moléculas das duas camadas. Para os óleos lubrificantes há uma escala arbitrária estabelecida pela Society of Automotive Engineers, os graus SAE, que são expressos por dezenas inteiras, sendo o óleo mais fino ou menos viscoso de grau igual a 10.

FONTES

São fontes de Sólidos:

 madeira: atualmente restrito a uso caseiro como fonte de energia
 carvão vegetal: proveniente da carbonização da madeira
 carvão mineral: combustível fóssil classificado por teor de carbono, poder calorífico ou por teor de cinzas e enxofre
 coque: provenientes da carbonização de combustíveis produzido a partir de carvão, madeira e frações pesadas de petróleo, utilizando na metalurgia.

São fontes de Líquidos:

 Petróleo: de origem fóssil
 Metanol: fermentação de açúcar (milho)
 Etanol: fermentação de açúcar (cana)
 Biodiesel: transesterificação de óleos vegetais
 H-Bio: hidrogenação de óleos vegetais
 Bioquerosene: querosene de aviação produzido a partir do biodiesel.

São fontes de Gás:

 Gás Natural: origem fóssil
 Gases produzidos a partir do petróleo como GLP (gás liquefeito de petróleo), PLC ( propano liquido comercial), BLC (butano liquido comercial) e RAT (resíduo atmosférico de petróleo)
 Gás da Madeira: produto da gaseificação da madeira
 Gás do Carvão: produto da gaseificação do carvão
 Gás de Coqueira: produto da gaseificação do coque
 Gasogenio: produto da reação de pedras de carbureto com água gerando acetileno. Também se refere a combustão incompleta do carvão ou lenha para gerar CO (gás podre) a ser queimado nos motores de combustão interna
 Biogás: produto da fermentação de resíduos orgânicos – Composição: CH4 (60%), CO2 ( 30%) e H2 ( 10%).
Dados sobre o metano:
A Composição média da mistura gasosa é a seguinte:

Metano (CH4) 50 a 75 %
Dióxido de Carbono (CO2) 25 a 40 %
Hidrogênio (H2) 1 a 3 %
Azoto (N2) 0.5 a 2.5 %
Oxigênio (O2) 0.1 a 1 %
Sulfureto de Hidrogênio (H2S) 0.1 a 0.5 %
Amoníaco (NH3) 0.1 a 0.5 %
Monóxido de Carbono (CO) 0 a 0.1 %
Água (H2O) variável

Equivalências Energéticas:

1 m^3 de Biogás = 6000 Kcal - é equivalente a:
1,7 m3 de Metano
1,5 m^3 de Gás de Cidade
0,8 L de Gasolina
1,3 L de Álcool
2 Kg de Carboneto de Cálcio
0,7 L de Gasóleo
7 kWh de Eletricidade
2,7 Kg de Madeira
1,4 Kg de Carvão de Madeira
0,2 m3 de Butano
0,3 m3 de Propano

CONCLUSÃO

Conclui-se com o trabalho apresentado que através do processo de combustão de sólidos, líquidos e gasosos resultando em combustíveis de fontes renováveis, provenientes de lixo e dejetos sanitários como insumo para produção de energia representa grande benefício socio-ambiental. Esse tipo de projeto proporciona vantagens, principalmente para os grandes centros urbanos, devido à redução de emissões de poluentes, como o metano, gás de grande impacto no efeito estufa e que, em média, corresponde a 50% do volume do biogás. 

Interligando aos riscos ambientais e ocupacionais da decomposição da biomassa e sua digestão que são passiveis á possibilidade de explosões, contaminação do ar doméstico por vazamento (gás sulfídrico, resultante da digestão da matéria orgânica), contaminação da água, pelo descarte residual. Entretanto a otimização desse processo é essencial para o futuro, produção de energia e reciclagem do lixo humano, que se avoluma nas grandes cidades.

REFERÊNCIAS

- www.usp.br
- www.adorofisica.com.br
- www.anp.gov.br
- www.portalsaofrancisco.com.br
- www.petrobras.com.br
- www.aneel.gov.br
- http://pt.wikipedia.org



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

METODOLOGIA GP em empresa de Projetos

METODOLOGIA GP em empresa de Projetos



0.              Contato preliminar

1.1.     Contato telefônico ou face-a-face.
1.2.     Preenchimento da Ficha de oportunidade.
1.3.     Identificação do Responsável pela venda ou atendimento.
1.4.         Agendamento da Visita preliminar.

1.              Prospect qualificado

2.1.     Preparação da visita preliminar (ficha do projeto, check-list, mapa, cartões...).
2.2.     Visita preliminar (apresentação da empresa, prospectos, cases...).
2.3.     Levantamento de dados fornecidos pelo cliente (anotações, plantas, relatórios, tabelas, prospectos...).
2.4.     Definição do Projeto (denominação, estratégia, escopo, premissas...).
2.5.     Identificação de um modelo da proposta (se houver).
2.6.     Dimensionamento dos recursos (equipe).
2.7.     Análise de riscos e das respostas.
2.8.         Avaliação de viabilidade técnica (aceitar ou declinar da oportunidade).

2.              Proposta definida

3.1.     Identificação do projeto (identificação no cadastro de oportunidades).
3.2.     Elaboração da proposta técnica.
3.3.     Precificação (planilha de custo).
3.4.     Elaboração da proposta comercial.
3.5.     Aprovação da proposta pela gerência/diretoria.
3.6.         Negociação com cliente.

3.              Proposta encaminhada

4.1.     Acompanhamento (follow-up) da proposta.
4.2.     Ajuste de escopo (se requerido).
4.2.     Gerenciamento das oportunidades (relatórios...).
4.3.     Controle de recursos e esforços.
4.4.     Suporte na negociação.
3.5.         Acompanhamento do atendimento.

4.              Proposta aceita
5.              Proposta recusada

5.1.         Identificação do motivo (se proposta recusada).
5.2.         Avaliação do processo.
5.3.     Recebimento do aceite (se proposta aprovada).
5.4.     Elaboração do contrato.
5.5.     Assinatura do contrato.
5.6.     Detalhamento do fluxo de caixa do projeto.
5.7.     Reunião para passagem do bastão (se necessário).
5.8.     Lições aprendidas no processo de venda.

6.              Passagem do bastão

6.1.     Elaboração da agenda do projeto (marcos-chave).
6.2.     Programação do calendário de cobranças.
6.3.     Reunião de direcionamento da equipe.
6.4.     Reunião de abertura (kick-off) com a equipe do cliente.
6.5.         Elaboração do OBS do projeto (quem é quem)

7.              Projeto iniciado

7.1.     Estruturação do plano do projeto (pasta)
7.2.     Elaboração do cronograma detalhado (junto ao cliente)
7.3.     Elaboração da matriz de responsabilidades
7.4.     Elaboração do plano de comunicações
7.5.     Elaboração do plano de qualidade
7.6.         Análise de riscos e das respostas.

8.              Projeto em execução

8.1.     Levantamento de informações.
8.2.     Análises e estudos.
8.3.     Concepção da solução.
8.4.     Validação da concepção.
8.5.     Detalhamento da concepção.
8.6.     Planejamento da implementação.
8.7.     Registros de andamento.
9.1.     Manutenção da baseline.
9.2.     EVA (se requerido).
9.3.     Relatórios de progresso.
9.4.     Reuniões de acompanhamento.
8.5.         Reuniões de revisão (se requerido).

9.              Projeto concluído

10.1.   Reunião de lições aprendidas com cliente.
10.2.   Evento de encerramento.
10.3.   Encaminhamento do formulário de avaliação.
10.4.   Reunião de lições aprendidas na empresa.
10.5.   Fechamento administrativo do projeto.
10.6.   Apresentação no treinamento cruzado.
10.7.     Elaboração de estudo de caso (se requerido).

10.          Projeto encerrado


e-mail para daniel.gasnier@imam.com.br

Se preferir, utilize o fax +11 5575.3444 a/c de Daniel Gasnier


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Projeto Usina de Biodiesel 30.000 litros


O projeto está disponível em layout, horizontal completo.
A proposta contempla a transesterificação e extração do óleo vegetal em Biodiesel através da rota etílica e contendo os seguintes componentes:
 
Capacidade de produção de 30.000 litros em 24 horas;
Tanques de processamento;
Reatores em aço inox;
Condensadores;
Tanques decantadores;
Bombas especiais conforme normas;
Sistema de aquecimento.
Torre de resfriamento de água;
Sistema de operação elétrica;
Montagem mecânica, elétrica,
Construção civil para laboratório,escritório e barracão.
Laboratório químico para analises de produção de biodiesel;
Formato de estrutura e de base;
Treinamento do técnico químico e operacional;
Extração de óleo 10 TON/ Horas para soja;

Usina de biodiesel
 
                       
Usina de Biodiesel modelo 30.000, com capacidade de 30.000 litros por 24 horas,
Fornecida pronta para operar.
Projeto, fabricação e testes
Fabricado conforme a norma nacional ABNT.

A seguir, apresentamos descrição dos equipamentos:

Tanques de estocagem de matéria prima:

Tanques em aço carbono para óleo vegetal com capacidade de cinco dias de estocagem.

Tanques em aço carbono para álcool anídro com capacidade de cinco dias de estocagem.

Tanques de processamento:

02 tanques em aço carbono para medição de óleo,aquecido.

01 tanques em aço inox para mistura de álcool com agitador mecânico.

02 reatores em aço inox com aquecimento.

02 destiladores em aço inox com aquecimento.

02 decantadores em aço carbono para primeira reação.

02 decantadores em aço carbono para segunda reação.

02 lavadores em aço carbono.

02 secadores em aço carbono com aquecimento.

02 tanques em aço inox para captação de  álcool  hidratado.

02 tanques pulmões em aço carbono para glicerina.

02 tanques pulmões em aço carbono para ester.

02 tanques pulmões em aço carbono para água de lavagem

01 tanque em aço inox para água de lavagem.

02 condensadores em aço carbono.

Tanques de estocagem de produto acabado:

Tanques em aço carbono para biodiesel com capacidade de cinco dias de estocagem.

Tanque pulmão em aço carbono para álcool hidratado com capacidade de cinco dias de estocagem.

Tanques em aço carbono para glicerina com capacidade de cinco dias de estocagem.

Tanques em aço carbono para água com capacidade de cinco dias de estocagem.

Equipamentos auxiliares:


04 filtro prensa com 20 estágios para o biodiesel.

01 torre de resfriamento de água para os trocadores de calor e condensadores.

01 aquecedor com sistema de óleo térmico e aquecimento elétrico.

Torre de destilação para recuperação do álcool anidro.

Tubulação:


01 Tubulação em aço carbono e inox de diversas bitolas, materiais de fixação e uniões, para interligação dos tanques de processo, matéria prima e produto acabado.



Equipamento extração


5 Conjunto de extrusora e prensa mecânica 2 TON / Hora com moega homogenizadora, rosca de alimentação, motoredutor, com painel elétrico e motor.



Periféricos:


1 laboratório químico para testes básicos de amostras de matéria prima, produto em processo, produto final, contendo estufa, banho maria, vidraria, agitador, balança de precisão, aquecedor, suportes.



Elétrica:


Execução de C.C.M., para proteção e comando dos motores elétricos trifásicos em 380 V, dentro das normas e especificações da ABNT, com materiais internos de aço tratado, pintura eletrostática a pó e grau de proteção IP54, barramento em cobre.

Quadro de controle de motores e comando elétrico com botoeira liga-desliga, controle, emergência, com iluminação e identificação, com materiais internos de aço tratado, pintura eletrostática a pó e grau de proteção IP54.

Controle de temperatura.


Montagem


Mão de obra para montagem mecânica dos tanques de matéria prima,

tanques de processo, tanques de produto acabado e tubulação.

Mão de obra para montagem elétrica interligando painéis, bombas dos tanques de armazenagem de matéria prima, processo, produto acabado,

equipamentos auxiliares e instrumentação.


Itens inclusos em nosso orçamento:


Treinamento técnico químico e operacional.

Diques de contenção.

Certificados junto a ANP ou qualquer outro órgão regulador, fica fora do prazo de entrega da usina qualquer documento que tenha prazo estipulado em lei e dependa dos órgãos municipais, estaduais e federais, ficando também o fabricante livre de qualquer entrave no nome da empresa ou de um dos sócios.

Transporte e entrega dos equipamentos da nossa fábrica até o local de instalação.

Estruturas físicas, montagens, equipamentos auxiliares, transportes impostos.

Rede elétrica e de água até o local dos equipamentos.

Licenciamentos.

Mão de obra para montagem do laboratório.

Projeto executivo para instalação e fabricação da usina.

Transporte, alimentação, alojamento e todas as despesas de viagem com nossos técnicos ou indicados por nós para montagem, início de operação e assistência técnica após operação..

Extração 10 TON/ Horas

Itens exclusos de nosso fornecimento:

Terreno.

Padrão elétrico conforme normas locais

Prazo de entrega: A 180 dias

Maiores detalhes entrar em contato !

Sérgio ValadãoDiretor
Cel: (34) 9128-0211
 
Engº Mecatrônico,
Engº de Segurança no Trabalho,
Engº Bioenergético,
MBA em Gerenciamento de Projetos,
Técnico em Mecânica,
CREA MG 94291/D

Email: engenharia@engesv.com.br
Blog:  http://sergiovaladao.blogspot.com
Msn:  sergiovaladao@hotmail.com

ENGESV - ENGENHARIA SUSTENTÁVELhttp://www.engesv.com.br
 
 


Parceria : www.abdiesel.com.br