Para a realização do processo de secagem artificial quase sempre é necessário aumentar o potencial de secagem do ar. E isto é feito com o aumento da temperatura do ar. Para tanto, geralmente são empregadas as fornalhas.
As fornalhas devem ser dimensionadas para garantir a combustão completa dos combustíveis que são classificados em: (1) sólidos – lenha e carvão; (2) gasosos – gás natural e gás liquefeito de petróleo - GLP; e (3) líquidos – fuel oil, gasolina e óleo diesel.
Em função do tipo de combustível as fornalhas são tipificadas em: (i) fornalhas para combustíveis sólidos, (ii) fornalhas para combustíveis sólidos pulverizados, (iii) fornalhas para combustíveis líquidos e (iv) fornalhas para combustíveis gasosos.
Uma das características importantes dos combustíveis é o poder calorífico. Esta medida corresponde à quantidade de energia calorífica liberada na combustão, sendo expressa em quilocalorias liberadas por quilo do combustível queimado. Conforme mostrado na Tabela 1, por exemplo, ao ser queimado um quilo pinho são liberadas 3.300 quilocalorias.
Tabela 1 – Poder calorífico de alguns combustíveis
Tabela 1 – Poder calorífico de alguns combustíveis
Combustível Poder Calorífico (k Calorias / kg)
Cabreúna 4.115
Canelinha 4.010
Eucalipto 2.800 – 3.340
Figueira 3.390
Ipê 4.020
Jacarandá 3.780
Pinho 3.300
Óleo diesel 10.300
Gasolina 11.000
Álcool 6.214
Gás GLP 11.000
Fuel Oil 9.600
Carvão 4.400
Fonte: WEBER (2001)
Devido ao baixo custo de aquisição, a lenha é o combustível mais utilizado na secagem de grãos no Brasil. E esta, quando totalmente seca, 0% de umidade, possui a seguinte composição química: (i) 49% de carbono, (ii) 6% de hidrogênio, (iii) 38% de oxigênio e (iv) 2% de minerais - que é a porção convertida em cinzas.
No entanto, quando cortada, a lenha possui teor de umidade entre 40 a 55% e quando seca ao ar apresenta teores entre 20 a 25%. É certo afirmar que quanto menor é o teor de umidade da lenha, maior é o poder calorífico.
As principais vantagens do uso da lenha são: (i) menor custo por tonelada na produção de energia, isto no Brasil; (ii) emprego de mão-de-obra não qualificada, o que promove a fixação do homem no campo; (iii) fácil armazenagem a céu aberto; e (iv) a geração de baixos teores de cinza e enxofre. Além disto, é um combustível renovável.
As principias desvantagens são: (i) exigências ambientais que fazem requerer o uso racional, sendo então, necessário o planejamento do cultivo e exploração; (ii) fornecimento irregular; (iii) baixo poder calorífico; e (iv) difícil automatização das fornalhas.
Baixe aqui o arquivo em PDF: http://www.agais.com/manuscript/ag0505_fornalhas.pdf
Prof. Luís César da Silva – email: silvalc@cca.ufes.br
UFES – Universidade Federal do Espírito Santo 7
Departamento de Engenharia Rural
Boletim Técnico: AG: 05/05 em 29/03/2005
Referências
BROOKER, D. B., BAKKER ARKEMA, F. W., HALL, C. W. Drying Cereal Grains. The Avi Publishing
Company, Inc. Westport: Connecticut. 1974. 256 p.
ANDRADE, E. B., SASSERON, J. L., OLIVEIRA-FILHO, D. Princípios Sobre Combustíveis,
Combustão e Fornalhas. [Notas de Aula]. Viçosa: CENTREINAR. 1986.
SILVA, J. S. [editor] Pré-Processamento de Produtos Agrícolas. Instituto Maria. Juiz de Fora. 1995.
509 p.
WEBER, E. A. Armazenagem Agrícola. Editora. Livraria e Editora Agropecuária, Guaíba: RS. 2001.
396 p.
UFES – Universidade Federal do Espírito Santo 7
Departamento de Engenharia Rural
Boletim Técnico: AG: 05/05 em 29/03/2005
Referências
BROOKER, D. B., BAKKER ARKEMA, F. W., HALL, C. W. Drying Cereal Grains. The Avi Publishing
Company, Inc. Westport: Connecticut. 1974. 256 p.
ANDRADE, E. B., SASSERON, J. L., OLIVEIRA-FILHO, D. Princípios Sobre Combustíveis,
Combustão e Fornalhas. [Notas de Aula]. Viçosa: CENTREINAR. 1986.
SILVA, J. S. [editor] Pré-Processamento de Produtos Agrícolas. Instituto Maria. Juiz de Fora. 1995.
509 p.
WEBER, E. A. Armazenagem Agrícola. Editora. Livraria e Editora Agropecuária, Guaíba: RS. 2001.
396 p.